domingo, 15 de setembro de 2013

DEAD MAN WALKING! A PENA DE MORTE E O ESTADO EXECUTOR NA PERSPECTIVA DE TIM ROBBINS

Após estrear na direção tratando dos descaminhos da política em Bob Roberts (Bob Roberts, 1992), Tim Robbins aborda a pena de morte em Os últimos passos de um homem (Dead man walking, 1995). O cineasta não é favorável à sentença capital, mas seu filme não é um manifesto franco e aberto contra ela — qual o clássico Quero viver! (I want to live!, 1958), de Robert Wise. Apoiado na experiência real da freira Helen Prejean — interpretada por Susan Sarandon — como conselheira de prisioneiros no corredor da morte, Robbins se propõe mais a discutir os efeitos da sentença capital no seio de uma sociedade praticamente estruturada em torno de sua aplicação, bem como a problematizar o papel do Estado como instância executora. É um dos filmes mais importantes dos Estados Unidos nos últimos anos.







Os últimos passos de um homem
Dead man walking

Direção:
Tim Robbins
Produção:
Tim Robbins, Rudd Simmons, Jon Kilik
Polygram Filmed Entertainment, Working Title/Havoc
EUA, Inglaterra — 1995
Elenco:
Susan Sarandon, Sean Penn, Robert Prosky, Raymond J. Barry, R. Lee Ermey, Louis Smith, Scott Wilson, Roberta Maxwell, Margot Martindale, Celia Weston, Nesbitt Blaisdell, Ray Aranha, Larry Pine, Gil Robbins, Kevin Cooney, Clancy Brown, Adele Robbins, Michael Cullen, Peter Sarsgaard, Missy Yager, Jenny Krochmal, Jack Black, Jon Abrahams, Arthur Bridgers, Steve Carlisle, Helen Hester, Eva Amurri Martino, Jack Henry Robbins, Gary 'Buddy' Boe, Amy Long, Dennis Neal, Molly Bryant, Pamela Garmon, Adrian Colon, John D. Wilmot, Margaret Lane, Sally Ann Roberts, Alec Gifford, John Hurlbutt, Mike Longman, Pete Burris, Joan Glover, Florrie Hathorn, Lenore Banks, Idella Cassamier, Marlon Horton, Kenitra Singleton, Palmer Jackson, Johnathan Thomas, Walter Breaux Jr, Scott Sowers, Cortez Nance Jr., Adam Nelson, Dalvin Ford, Derek Steeley, Jeremy Knaster, Mary Robbins, Miles Robbins e os não creditados Marcus Lyle Brown, Joanna Doherty, Anthony Michael Frederick, Rawleigh Moreland, Helen Prejean, Codie Scott.



Tim Robbins e Helen Prejean: o diretor e a autora do argumento


Três anos após estrear na direção com Bob Roberts (Bob Roberts), o ator Tim Robbins realiza seu segundo filme, o visceral e cáustico Os últimos passos de um homem, indicado aos Oscar de Melhor Direção, Melhor Canção Original, Melhor Ator (Sean Penn) e Melhor Atriz, categoria na qual se saiu vitorioso com Susan Sarandon. Ela concorria pela quinta vez[1]. Sua atuação é prova de maturidade e rigor profissional. Brilha num papel difícil, sem a ajuda de artifícios cênicos. Conta apenas com o talento dramático, o que lhe torna o desempenho mais vigoroso e sincero. Sem dúvida, o prêmio foi merecido. Sarandon é casada com o diretor[2]. Os últimos passos de um homem é o primeiro trabalho que desenvolvem juntos.


Tim Robbins é corpo estranho no atual cinema dos Estados Unidos. Integra uma minoria preocupada com questões sociais. Apesar de pequeno, esse grupo já contou com maior número de participantes nos anos 50 e 60, quando das campanhas em prol do respeito à Constituição contra as investidas da direita macarthista, jornadas pela ampliação dos direitos civis dos negros e dos protestos à Guerra do Vietnã. Hoje, no seio da indústria cinematográfica, e, em geral, de toda a sociedade estadunidense, restam pálidas lembranças desses tempos. Christopher Reeve, é provável, tinha Robbins em mente quando protagonizou surpreendente aparição na cerimônia de entrega dos Oscar de 1996. Tetraplégico, o intérprete de Superman endereçou um apelo em prol da realização de mais filmes centrados em questões sociais.


Em Os últimos passos de um homem Robbins lança novas luzes sobre o caráter da América, como fizera em Bob Roberts. Este atualíssimo filme — apoiado na campanha política de um populista de direita corrupto, racista, belicoso e demagogo — aborda temas relacionados à manipulação e alienação do eleitor, bem como à falta de responsabilidade social da mídia e do marketing político na produção de imagens falseadas da realidade. O filme de agora debate a validade da pena de morte e o papel do Estado na execução de condenados.


O roteiro, escrito pelo diretor, baseia-se no livro homônimo da freira Helen Prejean, interpretada por Sarandon. Nele, a religiosa relata sua experiência numa prisão da Louisiana, quando atuou no corredor da morte como conselheira espiritual de dois condenados à sentença capital. Estes, no filme, são sintetizados por Mathew Poncelet (Penn), prestes a receber a injeção letal por emboscar, agredir, violentar e assassinar um jovem casal de namorados.



A freira Helen Prejean, interpretada por Susan Sarandon

 A conselheira Helen Prejean (Susan Sarandon) e o condenado Mathew Poncelet (Sean Penn)


Antes, Helen Prejean atuava em comunidades negras marginalizadas. Não tinha experiência como conselheira espiritual ao ser escalada para acompanhar Matthew Poncelet. Ele, a princípio, não tem interesse no aconselhamento. Em isolamento extremo, jura inocência e atribui ao parceiro, condenado à prisão perpétua, a maior parcela de culpa no caso. Poncelet pretende manipular a irmã para pleitear a reabertura do processo. Chegou a elaborar moção que ela encaminha aos tribunais. Também lhe consegue novo advogado junto às associações civis contrárias à pena capital. Porém, no julgamento do recurso a sentença inicial é confirmada. Também não há esperanças no gesto de clemência do governador.


Por convicção religiosa e filosófica, Helen é contrária à pena de morte em qualquer circunstância. Entretanto, durante a tramitação do recurso de Poncelet, percebe que se encontra diante de questões mais graves e complexas. É obrigada a se confrontar com os interesses dos familiares das vítimas, que não consideram a validade de sua missão. Não há somente o condenado e sua versão para os fatos. Não basta salvá-lo, física e espiritualmente. Também precisa compreender a posição de outros elementos, direta e indiretamente envolvidos.


Ao dividir o foco das atenções de Helen entre Poncelet e os familiares das vítimas  conforme previsto no livro que serviu de base ao roteiro , Robbins conduz o filme aos seus melhores momentos, ampliando-lhe a densidade dramática. Esta opção expõe de modo evidente as intenções do cineasta. Pessoalmente, Robbins se opõe à pena de morte. Mas seu filme não é um libelo claro e assumido contra ela. Os últimos passos de um homem pretende mais a compreensão social do problema. Nisso, a realização se afirma plenamente. Fornece subsídios ao debate equilibrado de um tema espinhoso, que sempre desperta paixões. Devido a isso, a realização não tem a mesma força de — por exemplo — Quero viver! (I want to live, 1958), de Robert Wise, franco manifesto contra a pena capital.



Earl Delacroix (Raymond J. Barry), pai de uma das vítimas de Mathew Poncelet, confronta Helen Prejean (Susan Sarandon)

Mathew Poncelet (Sean Penn) no corredor da morte


Quando começa a se dividir entre Poncelet e os pais das vítimas, a personagem de Helen Prejean cresce e se humaniza. A partir daí, sua missão também fica mais difícil, pois dúvidas maiores passam a assaltá-la. Apesar de Robbins não avançar muito no desenvolvimento das crises existenciais de Helen, em momento algum ela se revela unidimensional. O desempenho de Susan Sarandon prima pela contenção. Mas evidencia todos os impactos absorvidos pela personalidade que interpreta. Ela os vivencia ao ouvir de viva voz os relatos cheios de ódio e sedentos de vingança dos familiares das vítimas  representativos de uma sociedade que elegeu a pena de morte como instrumento adequado de expiação ; ao sentir as recriminações que lhe são dirigidas por quem não compreende o seu trabalho; e, principalmente, ao se deparar com a recusa arrogante de Poncelet em admitir responsabilidade pelo crime. Ele se faz de duro e inocente o tempo todo. Só entrega os pontos nos pungentes momentos finais. Antes, não perdia a oportunidade, em contato com a mídia, de fazer furiosas apologias racistas, declarar-se admirador de Hitler, afirmar que gostaria de ver todos os negros exterminados. Apela a bravatas que só lhe pioram a situação junto à opinião pública. As atitudes do sentenciado, somadas a outros aspectos do caso, levam Helen a fraquejar e a duvidar da missão que abraçou. Também aumentam as pressões externas sobre ela, tornando sua situação mais cruel e espinhosa. Na comunidade negra em que atua, passa a ser vista com desconfiança, devido ao extremado racismo manifestado por Poncelet. A todo momento é obrigada a se justificar junto aos seus, à sociedade, aos pais das vítimas e para ela mesma. Quanto ao espectador, este não encontra caminhos fáceis e simples para emitir qualquer tipo de juízo. Principalmente pelo fato de a narrativa abandonar o maniqueísmo. Os últimos passos de um homem provoca reflexões ao mexer com formulações e juízos geralmente tomados como definitivos quando o tema em debate é a aplicação da punição capital. Infelizmente, o já falecido deputado Amaral Neto  o mais franco e ardoroso defensor da pena de morte no Brasil  não pôde assistir ao filme de Tim Robbins.


A exposição tem a complexidade ampliada quando a discussão proposta põe em xeque todo o sistema penal estadunidense e a sociedade que o sustenta. Desde sua fundação pelos puritanos, os Estados Unidos escolheram o caminho da eliminação física de seus outsiders mais perigosos. Tanto que a pena de morte é elemento estruturador desse sistema, tão enraizada que está nas instituições e consciências. Hilton Barber (Prosky), advogado de Poncelet,  traz o tema à baila durante o julgamento da apelação. Recapitula todos os tipos de execuções praticadas ao longo da história do país, das mais degradantes e dolorosas de antanho às consideradas mais humanas soluções atuais — porque não degradam a aparência externa dos condenados. Ao fim, adverte: nenhuma dessas punições resolveu a questão da criminalidade. Apenas desumanizaram mais a sociedade. Se as formas de matar evoluíram, os métodos mais sutis e atuais de eliminação em nada atenuam a barbárie que o Estado pratica em nome da sociedade. Os meios considerados mais piedosos de execução, como a injeção letal, por si nada representam. Seu pretenso caráter indolor só contribui para tornar as consciências menos culpadas. Diante disso, advém o estímulo à ampliação do número de execuções, amparado na justificativa de que agora os condenados sofrem menos. Sem falar que se produz maior indiferença social ao problema, resultado da forma banal e simplista de se tratar o assunto.



Robert Prosky no papel de Hilton Barber, advogado de Mathew Poncelet no julgamento da apelação


Poncelet não tem escapatória. Helen deve prepará-lo para o momento final. Procura humanizar o homem travestido de fera, disfarce que só amplia o ódio e o rancor que a sociedade sente por ele. As palavras de conforto e alívio que leva ao prisioneiro atuam no sentido de dignificá-lo perante as testemunhas da execução e da sociedade em geral. A exortação faz efeito quando Poncelet, perto da hora fatal, admite participação ativa na chacina pela qual foi condenado. O momento é de alívio para ele e Helen Prejean. Se até aí o filme é duro de acompanhar, fica mais doloroso nas proximidades do epílogo. Principalmente pela crueldade ímpar que cerca o ritual da execução. O Estado isola e envolve o sentenciado de todas as formas. Este deixa de contar como indivíduo. Não pertence a mais ninguém, nem a si próprio. É totalmente apropriado pela instituição estatal, que o vigia constantemente, para impedir tentativas de suicídio. O ambiente da execução prima pelo excesso de assepsia. Tudo é muito limpo e branco. Instantes antes de caminhar na linha verde, Poncelet é visitado por seus familiares. Mas não pode ser tocado por nenhum deles. Depois, tem direito ao último telefonema. Nos minutos derradeiros, os cuidados higiênicos aumentam. O prisioneiro é envolvido em fraldas, anteparo aos efeitos de involuntárias e indesejáveis contrações intestinais provocadas pelo medo. Finalmente, dá os últimos passos de sua vida. Um guarda segue à frente, abrindo passagem com o arrepiante grito “dead man walking” ("homem morto andando”). Tudo isso é parte de um frio e racionalmente bem articulado mecanismo de vingança, um assassinato justificado e bem urdido, todo revestido de legalidade, que não deixa escapar detalhe algum. Formalmente, ninguém será responsabilizado por esse crime. Afinal, é o Estado — instituição despersonalizada —, que toma para si a responsabilidade de matar.



Mathew Poncelet (Sean Penn) quando da última vista dos seus familiares


Quando Poncelet tem direito às palavras finais, não há como o espectador ficar impassível. O momento é carregado de angústia, apesar da opção de Robbins por um relato equilibrado, o mais objetivo possível. O filme não tem efeitos e enfeites. São mínimos os momentos de descontração. O humor surge em poucas passagens, nos diálogos entre os personagens. Parece que serve mais para aliviá-los que ao espectador. A este, permite-se escassa ou nenhuma fruição. Nem mesmo na passagem mais claramente bem humorada o riso é fácil. Trata-se da brilhante sequência em que Helen e uma colega conversam sobre o local do sepultamento de Poncelet, em um cemitério da ordem, ao lado do jazigo de uma freira que fora muito ciosa de sua condição celibatária. Agora, ironicamente, passará toda a eternidade deitada ao lado de um homem. As duas parecem lamentar o destino da religiosa, mas acabam rindo gostosamente da situação.


Mathew Poncelet (Sean Penn) - com Helen Prejean (Susan Sarandon) - prestes a dar seus últimos passos


Entre as questões sugeridas pelo filme estão as que dizem respeito ao caráter religioso do povo americano, considerado cristão. Mas uma sociedade que fundamenta sua justiça nas prédicas do Antigo Testamento, repleto de alusões à pena de Talião, à justificativa da vingança, a ditos como “olho por olho, dente por dente”, pode, de fato, ser considerada cristã? O humanismo, a compreensão, o perdão e o amor ao próximo, tão presentes no Novo Testamento, parecem passar batidos por lá.



Helen Prejean (Susan Sarandon)


Susan Sarandon, para compor sua personagem, conviveu pouco mais de um ano com a irmã Helen Prejean, antes mesmo da conclusão do roteiro. Fisicamente, não se parece nem um pouco ela. A religiosa é obesa, de baixa estatura, muito distante do fenótipo vistoso da atriz. Mas isso é apenas um detalhe de pouca ou nenhuma relevância.


Bastidores: Susan Sarandon - intérprete de Helen Prejean - e o diretor Tim Robbins



Roteiro: Tim Robbins, com base no livro Dead man walking, de Helen Prejean. Casting: Douglas Aibel. Música: David Robbins. Desenho de produção: Richard Hoaver. Direção de fotografia (cores): Roger A. Deakins. Produção executiva: Tim Bevan, Eric Fellner. Consultoria: Helen Prejean. Gerente de unidade de produção: Rudd Simmons. Produtores associados: Alan F. Nichols, Mark Seldis, R. A. White. Direção de arte: Tom Warren. Canção: Dead man walking, de Bruce Springsteen, interpretada pelo autor. Sistema de mixagem de som: Dolby Digital. Montagem: Lisa Zeno Churgin, Ray Hubley. Figurinos: Renee Ehrlich Kalfus. Planejamento de maquiagem de Susan Sarandon: Marilyn Carbone. Maquiagem principal: Michal Bigger. Assistente de maquiagem em New Orleans: Allison Gordin. Penteados de Sean Penn: Michael Kriston. Penteados principais: Aaron F. Quarles. Penteados adicionais em New York: Lizz Scalice. Assistente de penteados em New Orleans: Donna Spahn. Assistente de maquiagem: Stacy Kelly (não creditada). Estagiário do Directors Guild of America: Patrick Mangan. Primeiro assistente de direção: Allan F. Nicholls. Segundos assistentes de direção: Sam Hoffman, Ann C. Salzer. Supervisão da pós-produção: Graham Stumpf. Supervisor de produção: Nancy Kriegel. Arte cênica em New Orleans: John Herbert, Malcolm McClay. Arte cênica em New York: Margot Therre, Greg Williams, Lucian Baran. Assistente de contra-regra em New Orleans: Coril Joseph. Assistente de contra-regra: Travis Wright. Assistente de decoração em New Orleans: Joanne Schmidt. Assistente de direção de arte em New York: David Stein. Assistente de direção de arte: Scott P. Murphy (não creditado). Assistente de produção de camareiros em New Orleans: Morgan Miller. Assistente de produção do departamento de arte em New Orleans: Shawna Starkman. Assistente de produção do departamento de arte em New York: Mary Wigmore. Camareiros em New Orleans: Brian S. Kasch, E. J. Levron Jr., Jack Blanchard, Michael Martin. Camareiros em New York: Henry Kaplan, Lawrence Amanuel. Camareiros: Eric M. Metzger,Jacqueline Arnot (não creditado), Michael Hendrick (não creditado). Capataz de construções em New York: Michael Curry Sr. Capataz de construções: Chuck Stringer (não creditado). Carpintaria em New Orleans: John S. Wright. Chefe de arte cênica em New Orleans: James Sorice, Larry Spurlock. Chefe de carpintaria em New Orleans: George 'Chuck' Stringer III. Chefe de equipe do departamento de arte em New Orleans: Patrick McGuire. Chefe de equipe do departamento de arte em New York: Timothy Metzger. Construtores em New York: Glen Engels, Ralph Fratianni, Kevin A. Tonkin. Construtor principal em New York: Arne Olsen. Contra-regra: Tom Wright. Coordenação cênica em New York: Chinyere Ryan. Coordenação de construções em New Orleans: Nick Rippon. Coordenação de construções em New York: Martin Bernstein. Coordenação do departamento de arte em New Orleans: Christie Alexander. Coordenação do departamento de arte em New York: Phillis Lehmer. Decoração em New York: Harvey Goldberg, Laurie Friedman. Direção de arte em New Orleans: Kenneth Hardy. Habilidades gerais em New York: Charles H. Furey, Eugene J. Hines, Richard S. Kamin. Habilidades gerais: Mark Mann. Pintura: Patrick K. Coppinger (não creditado). Storyboard: Brick Mason (não creditado). Aprendiz de edição de som: Daniel Pagan. Assistente de edição de som: Yvette Nabel. Assistente de engenheiro de gravação de som: Yvonne Yedibalian. Consultor de som stereo pela Dolby: Bradford L. Hohle. Edição de diálogos adicionais: Hal Levinsohn. Edição de diálogos: Anthony 'Chic' Ciccolini III, Harry Peck Bolles. Edição de som: Lynn Sable. Engenheiro de gravação de som: Gary Chester. Engenheiro de mixagem sonora: Gary Chester. Gravação de som: Bob Olari, Joel Holland, Scott Dior. Mixagem da regravação de som: Rick Dior. Mixagem de diálogos adicionais em Los Angeles: Charleen Richards. Mixagem de diálogos adicionais em New York: Paul Zydel. Mixagem de ruídos: George Lara. Mixagem sonora: Tod A. Maitland. Operador de boom: T. J. O'Mara. Ruídos de passos: Bryan Vancho. Segundo assistente de engenheiro de gravação de som: Jim Murray. Supervisão da edição de som: Dan Sable. Boy da eletricidade: William Moore. Boy de ferramentas e manutenção: Charles Marroquin. Cabos elétricos em New York: Richie Ford. Eletricistas em New Orleans: Cougar Easley, Erskin Mitchell, Mike Smith, Paul Olinde (não creditado). Eletricistas em New York: Greg Addison, Joe Grimaldi, Lance A. Shepherd. Eletricista: Jeremy Knaster. Eletricista-chefe: Bill O'Leary. Estagiário de câmera em New York: Kris Enos. Ferramentas e manutenção de cabos elétricos em New York: Jonathan Graham. Ferramentas e manutenção em New Orleans: Buddy Carr, Chris Robertson, Val Zimmer. Ferramentas e manutenção em New York: Monique Mitchell, Tony Arnaud, Gary Martone. Ferramentas e manutenção: Dollar Bill McCord, John B. Pekkanen (não creditado), Mitchell Andrew Lillian. Fotografia de cena: Demmie Todd. Manutenção e movimentação da dolly: Bruce Hamme. Operador de câmera em New York: Abe Schrager (não creditado). Operador de câmera: Robin Brown. Operador de vídeo playback: Brian Carmichael. Primeiro assistente de câmera: Andy Harris. Segundo assistente de câmera em New Orleans: Sal Camacho. Segundo assistente de câmera: Adam Gilmore. Assistente de casting em New Orleans: Rebecca Gibson. Assistente de casting: Jordan Beswick. Assistente de figurinos: Kim Marie Druce. Assistente de produção de guarda-roupa em New York: Alix Hester. Assistentes de guarda-roupa: Gina Lombardino, Jeanne Normand. Casting de vozes para som adicional: David H. Kramer (não creditado). Casting extra em New Orleans: Tracy Kilpatrick. Casting extra em New York: Grant Wilfley, Vicki Cosentino. Guarda-roupa adicional em New Orleans: Bonney Langfitt. Supervisão de guarda-roupa: Hartsell Taylor, Peter White. Aprendiz de montagem em New Orleans: Chris Lechler. Aprendizes de montagem: Michael J. Wechsler, Sandra Nash, James Nichols Jr., Eddie Nichols, Anne O'Brien, Angela Organ, Sara Corrigan (não creditado). Arranjos do coral e condução musical: Gil Robbins. Assistentes de montagem: Kristen Johnson, Shawna Starkman. Assistente de pós-produção para Tim Robbins: Allison R. Hebble . Assistentes de pós-produção: Chris Talbott, Mary Wigmore. Assistente de produção da montagem em New Orleans: Julie Daggett. Assistente musical: David Klotz. Assuntos e negócios musicais: Ira Selsky, Jill Meyers. Colorização: John Dowdell (não creditado), John Dowdell (não creditado), Tom Salvatore. Consultoria musical em New Orleans: Alison Miner. Consultoria musical em New York: Annie Ohayon. Edição musical: Patrick Mullins. Engenheiro de gravação da trilha musical: Gary Chester. Estagiário da pós-produção: Barry Gastelu. Executivo no cargo de músico: Dawn Soler. Gerente de licenciamento musical: Frankie Pine. Gerente de projetos musicais: Julianne Kelley. Mixagem da trilha musical: Gary Chester. Músicos: David Robbins (guitarras elétricas e acústica), David Spinozza (guitarra adicional), John Vartan (oud, kementci e tambor), Ron Wasserman (baixo), Frederic Zlotkin (violoncelo), Eugene Moye (violoncelo), Juliet Hafner (viola), Dildar Hussain (tabla), Mino Cinélu (percussão, flauta e acordeón), Richard Locker (violoncelo), Ry Cooder (guitarra adicional), Joel Diamond (órgão), Seamus Egan (gaita escocesa), Norwood Fisher (baixo), Phillip Fisher (tambores), Eric Friedlander (violoncelo), Susan Pray (viola), David Ratajczak (tambores), Farrukh Fateh Ali Khan (harmonia e vocais), John Beal (baixo), Frank Centeno (baixo). Organização da orquestra: Juliet Haffner. Organização do coral: David Düsing. Orquestração: David Richard Campbell. Primeiro assistente de montagem: Clare Larson. Produção musical das canções: Ry Cooder. Segundo assistente de montagem: Agnès Challe-Grandits. Solista: Gale Limansky. Supervisão musical: David Robbins. Transportes: Peter Aquino, Elven Barrows, William B. Borges, Edward Brumfield, Greg Collins, Jerry Everett, John Fitzpatrick, Charlie Franklin, Huey Grey, Davis Hawn, Jimmy Humphreys, Earl R. Hurst Sr., Loney Landry, David McMiller, Poland Perkins, Al Sens, Phillip L. Tomalin Jr., Chip Vincent, Louis Volpe, Ralph Volpe, James Patrick Whalen Jr., Bobby Williamson. Assistente de contabilidade em New Orleans: Kathleen Richter. Assistente de contabilidade em New York: Carla M. Schorr. Assistente de coordenação da produção em New York: M. J. Magbanua. Assistente de David Robbins: Ron James. Assistente de engenheiro de mixagem de som: Robb Williams. Assistentes de pessoal em New Orleans: Debbie Berins, Joe Russo, Victoria Person. Assistentes de pessoal em New York: Gretchen Hatz, Jeremy Fader, Michael Remacle. Assistente de produção de locações em New Orleans: Cynthia Carriere. Assistentes de produção no set em New Orleans: Adrian Colon, Christine Donatelli, Scott August. Assistentes de produção no set em New York: David 'Flip' Filippi, Lisa Gaede. Assistente de produção no set: James Roque. Assistente de Sean Penn: Holly Cherry. Assistente de segurança em New York: Greg Cattano. Assistente de Susan Sarandon: Allison R. Hebble. Assistente de Tim Robbins: David Carmel. Assistente para os produtores: Shelley Geiler. Assistente principal de produção no set: Chris Gilmer. Assistentes-chefes em New Orleans: Marcus Barben, Steven Josephs. Assistentes da coordenação de produção em New York: Peter Schön., Sallie Jones Arata, Shirley Davis (não creditado). Assistentes de contabilidade em New York: Melissa Logan, Joseph Lombardi. Assistentes de gerente de locações em New Orleans: Dana A. Hanby, Elston Howard. Assuntos legais: Ira Selsky, Jill Meyers. Chefe de assuntos legais pela Working Title: Angela Morrison. Chefe de finanças pela Working Title: Rashid Chinchanwala. Chefe de produção pela Working Title: Jane Frazer. Chefes em New Orleans: Brad 'Mo' Gremillion, Gary Miller. Contabilidade da pós-produção: Patrick Sheedy. Contabilidade em New Orleans: Anne Wilson. Contabilidade em New York: Mindy Sheldon. Continuidade: Eva Z. Cabrera. Coordenação de estacionamento em New York: Delroy Hunter. Coordenação de locações em New York: Lys Hopper. Coordenação de produção: Michele Giordano. Dublê de corpo para Missy Yager: Nicole DuBois (não creditada). Equipe de sons adicionais: Adele Robbins, Jack Henry Robbins, Dean Robinson, Aldis Hodge, Edwin Hodge, Ben Rothman, Dina Platias, Steve Porter, Eva Amurri Martino, Lee Arenberg, Ned Bellamy, Brian Brophy, Molly Bryant, Pierce Cravens, Abby Fender, Jeff Foster, Kyle Gass, Joe Grimm, Hillary Hawkins, Dionna Hickman, Patti Tippo, Cari Dean Whittemore, Tricia Parks. Estagiário em New Orleans: Genevieve King. Estagiário em New York: Cole Kazdin. Gerente de locações em New Orleans: Barbara Heller. Gerente de palco em New York: Eric David Zoback. Habilidades em New Orleans: Kayla Chaillot, Ron Terry. Habilidades em New York: Anthony Monteforte, Dawn Wolf, Israel Larios. Instrutor de diálogos: Tim Monich. Planejamento de créditos: Gerry Hawkins. Presidente de desenvolvimento e produção pela Working Title: Liza Chasin. Publicidade em New Orleans: Katherine Ann Moore. Secretaria da produção em New Orleans: Bonnie Friedman. Secretaria de produção em New York: Jason Clark Ramsey. 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(José Eugenio Guimarães, 1996)



[1] Susan Sarandon recebeu indicações por Atlantic City (Atlantic City, 1980), de Louis Malle; Thelma e Louise (Thelma & Louise, 1991), de Ridley Scott; O óleo de Lorenzo (Lorenzo’s oil, 1992), de George Miller; e O cliente (The client, 1994), de Joel Schumacher.
[2] Esta apreciação é de 1996. Atualmente, Sarandon e Robbins estão separados.

5 comentários:

  1. Pode estar morto o Amaral Netto. Mas o Bolsonaro está vivinho da silva, e deve lamentar um bocado o fato de este filme ter sido exibido nos cinemas brasileiros. Cada vez mais, quando reflito sobre a pena de morte, penso que as pessoas gostam de ver realizada, de um modo geral, a vingança sobre os indesejáveis, mas não imaginam que também elas podem estar sujeitas a que se abatam sobre elas as fúrias...

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    1. Pior que o Bolsonaro (este sabemos quem é, ao menos) são as pessoas comuns - algumas são amigos próximos - com suas defesas apaixonadas da pena de morte como se isso fosse uma solução definitiva para o problema da criminalidade e da violência. As redes sociais, para meu dissabor, estão cheias de gente assim. Elas, com suas opiniões, se consideram abstrações, como se não fizessem parte de um problema que jamais as afetará mesmo que a medida, se aprovada, termine afetando toda a sociedade. Elas não temem "as fúrias", como você bem disse, que poderão se voltar inclusive contra elas.

      Abraços.

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  2. José Eugênio, o quinto mandamento da lei de Deus,é: Não Matarás. Todo o governo que se diz cristão, como o americano, inglês, francês e muitos outros mais tinham que ser contra a pena de morte. Enquanto isto, sempre aparece um padre ou uma freira como no caso, para convencer que o réu deve se arrepender de seus atos que o levaram a pena de morte, enquanto(que não é o caso especificamente neste filme) que os padres e as freiras deveriam brigar contra a pena de morte imposta ao réu Não é mesmo? Detalhe todo presidente ou governador que se dizem cristãos, no mínimo deveriam indultar o preso.

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    1. Concordo com você, Júlio! Porém sabemos das limitações dos governos. Aliás, como lembra o Maquiavel, os governos (a figura do governador ou qualquer outra pessoa à frente do executivo de uma sociedade) não exerce a função apoiado unicamente em seus critérios e convicções pessoais, mas faz isso ouvindo os sinais que são emitidos pela sociedade. É por esse mesmo motivo que, na abordagem do filme, sequer falei em governo (dadas as suas limitações) mas da sociedade que o mesmo representa.

      Abraço.

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  3. Hola querido Eugenio, estupenda reseña...¡Qué jóvenes Susan Sarandon y Sean Pean...!!! Definitivamente deberían de abordarse más temas de contenidos social y las problemáticas que estamos viviendo, por desgracia, se busca el exitoso taquillero por encima del contenido...Sin duda, será otra película que buscar´pe para ver...Gracias por compartir, abrazo gigante cielo mío. :)

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