domingo, 4 de fevereiro de 2018

A SEGUNDA VEZ DE ALFRED HITCHCOCK NA GUERRA FRIA

Retornar à arena da Guerra Fria era tudo que Alfred Hitchcock não desejava. Ainda mais logo após Cortina rasgada (Torn curtain, 1966), retumbante fracasso de crítica e público. Bem que tentou reencontrar o formato mais cotidiano do suspense com uma trama policial a respeito de misterioso estrangulador de mulheres em Nova York. No entanto, a Universal Pictures cancelou a produção de Kaleidoscope e praticamente lhe impôs a adaptação do best seller Topázio, de Leon Uris. Problemas variados atravancaram o bom desenvolvimento do projeto — além do adoecimento de Alma Reville, em Los Angeles, quando as filmagens aconteciam em Paris: desistência de Uris em continuar o roteiro depois de criticado por Hitchcock; o apertado cronograma de trabalho; ingerências da Universal na montagem, coroadas com a desastrosa redução do tempo de exibição; e, acima de tudo, os nervos à flor da pele do governo francês. Afinal, Topázio (Topaz, 1969) revolveria um escândalo de espionagem que o gabinete de Charles De Gaulle pretendia esquecer. A ação se desenrola em lugares variados da América e Europa. A crise dos mísseis em Cuba é o centro nervoso. Encontrar um final adequado às preocupações francesas resultou em muitas tensões. As edições do lançamento comercial revelaram um filme morno. Topázio teve que renascer segundo as pretensões do diretor nas versões em DVD e blu-ray para provar que tinha algum valor. Mesmo assim, não merece lugar entre as obras hitchcochianas mais notáveis. Destacam-se a belíssima tomada do assassinato de Juanita de Córdoba (Karin Dor) e os acontecimentos envolvendo o Hotel Theresa, em Nova York. É um local de especial importância para a memória de Fidel Castro e da Revolução Cubana. Segue apreciação elaborada em 1978, revista e ampliada em 2010.






Topázio
Topaz

Direção:
Alfred Hitchcock
Produção:
Alfred Hitchcock (não creditado)
Universal Pictures
EUA — 1969
Elenco:
Frederick Stafford, John Forsythe, Karin Dor, Michel Piccoli, John Vernon, Philippe Noiret, Dany Robin, Roscoe Lee Browne, Claude Jade, Per-Axel Arosenius, Michel Subor, Edmond Ryan, Sonja Kolthoff, Tina Hedström, John Van Dreelen, Donald "Don" Randolph, John Roper, Lew Brown, Roberto Contreras, Carlos Rivas, George Skaff, Sándor Szabó, Roger Til, Lewis Charles, Anna Navarro e os não creditados Fidel Castro (arquivo), Rita Conde, Richard Derr, Ann Doran, Noel Drayton, Abel Fernandez, Gregory Gaye, Trent Gough, Ernesto 'Che' Guevara (arquivo), Dean Harens, Alfred Hitchcock, Ray Kellogg, Henry Kingi, John Lasell, Tony Regan, John Stephenson, Hal Taggart, Ben Wright.



Alfred Hitchcock na direção de Topázio



Topázio — quinquagésima primeira e antepenúltima realização cinematográfica de Alfred Hitchcock — mereceu da estadunidense National Board of Review, em 1970, os prêmios de Melhor Direção e Melhor Ator Coadjuvante (Philippe Noiret no papel do suspeito Henri Jarre). Devolve o cineasta à seara da Guerra Fria três anos após o fiasco comercial e artístico de Cortina rasgada (Torn curtain, 1966). Orçado em 4 milhões de dólares, Topázio recuperou apenas a quarta parte da inversão. É o maior malogro de bilheteria do Mestre do Suspense e a metragem mais longa que concebeu, apesar do tempo de exibição abreviado em 16 minutos na época do lançamento.


Depois de Os pássaros (The birds, 1963) a sombra do cansaço pairou sobre o cineasta. O curioso e freudiano Marnie, confissões de uma ladra (Marnie, 1964) teve má acolhida. A situação piorou com Cortina rasgada. Entre esse título e Topázio há um interregno de três anos. Até então, Hitchcock jamais ficou tanto tempo sem filmar. Durante o período, buscou avidamente um tema distante das contradições contemporâneas da política internacional e mais afinado aos aspectos cotidianos do suspense — capaz de reaproximá-lo do público e da crítica. Inicialmente, lançou-se no desenvolvimento de projeto apoiado em história própria — sobre um assassino de mulheres em Nova York. Benn W. Levy escreveu o roteiro ao qual também contribuíram Howard Fast e Hugh Wheeler. Porém, Kaleidoscope teve produção cancelada pela Universal Pictures. A companhia forçou-o a optar pela supostamente mais comercial adaptação do alentado best seller Topaz, de Leon Uris, lançado em 1967: uma complexa história de espiões desenrolada no contexto da crise dos mísseis em Cuba e deflagrada pela deserção de Boris Kusenov (Arosenius) — burocrata de alto nível da agência soviética Komitet Gosudarstvennoi Bezopasnosti (KGB) — para os Estados Unidos.


Que alternativa! Novamente o contrariado cineasta enfrentaria a Guerra Fria em produção de bastidores complicados e com cronograma apertado. A trama, à moda dos filmes de James Bond, desenrola-se em diversas partes do mundo: Moscou, Copenhague, Washington, Nova York, Havana e Paris. Evidentemente, não foi possível filmar nas capitais de Cuba e da URSS. Utilizaram-se imagens de arquivo para a abertura com o desfile em honra à Revolução de Outubro, na Praça Vermelha. Procedimento similar foi adotado para encenar uma passagem durante comício de Fidel, Raul Castro e Ernesto "Che" Guevara em Havana, na Praça da Revolução: cenas com os líderes foram combinadas às imagens obtidas em estúdio e na localidade de Salinas, proximidades de Los Angeles.


Complicações políticas quase inviabilizaram as filmagens em Paris. O governo de Charles De Gaulle estava reticente por causa de constrangedoras revelações antecipadas sob a roupagem da ficção — porém, nem tanto — de Leon Uris. O título Topaz — codinome do círculo de diplomatas e agentes secretos franceses que passava informações à KGB — oculta, na verdade, um precedente real: o escandaloso caso "Saphir", oficialmente acobertado até 26 de abril de 1968 quando chegou ao público por matéria da Time: em 1962, um desertor soviético informou aos Estados Unidos que altos funcionários do governo francês estavam mancomunados com o Kremlin. Temendo repercussões desagradáveis sobre o bombástico e espinhoso assunto em um filme voltado ao grande público, o regime gaullista proibiu o uso de Paris pela produção. O desbloqueio exigiu a intervenção da embaixada dos Estados Unidos na França. A legação garantiu que Hitchcock trataria prudentemente da questão. Assim, a primeira versão de Topázio expunha "punições" para os franceses envolvidos na tramoia — fator que dificultou, na ocasião, melhor resolução para o epílogo nas cópias disponibilizadas ao grande público.


Os agentes Michael Nordstrom (John Forsythe) e Andre Devereaux (Frederick Stafford)

Nicole Devereaux (Dany Robin)


No contexto dos filmes de espionagem, Topázio tem desenvolvimento e personagens relativamente plausíveis. Ações mirabolantes, de tirar o fôlego — típicas das aventuras cinematográficas do agente secreto 007 da britânica Military Intelligence, Section 6 (MI6) —, foram descartadas. A exposição sóbria — às vezes sombria — e pausada, inclusive dificultou melhor aproveitamento do sardônico senso de humor hitchcockiano. Os espiões em cena são burocratizados e racionais. Ocupam-se primordialmente com a eficácia na obtenção de informações. Para tanto, lançam mão de métodos os mais discretos. Problemas domésticos e afetivos entram em cena como indesejados efeitos colaterais de atividades repletas de segredos e instabilidades.


De início, Leon Uris escreveria o roteiro — atento às recomendações de Hitchcock para humanizar personagens e evitar a rigidez narrativa. As atividades do diretor, durante essa fase, concentraram-se na escolha do elenco e pesquisa de locações. Quando pôde apreciar os esboços de Uris, torceu o nariz. Os personagens eram caricaturas unidimensionais. À trama faltava a necessária maleabilidade favorável às mudanças e improvisações de última hora durante as filmagens. Insatisfeito com as ponderações, Uris abandonou a atividade.


Arthur Laurents recusou a tarefa. Samuel A. Taylor — um dos guionistas do aclamado Um corpo que cai (Vertigo, 1958), de Hitchcock — aceitou com a condição de reelaborar o script a partir do zero. A esta altura o cronograma estava irremediavelmente comprometido. A rodagem começou com o roteiro incompleto. Algumas cenas e sequências foram delineadas momentos antes de serem filmadas. Além do mais, o diretor estava preocupado com a obrigação de encontrar um final adequado — que não ferisse as susceptibilidades de De Gaulle.


Segundo John Forsythe — intérprete do agente Michael Nordstrom, da Central Intelligence Agency (CIA) —, a tensão para desenvolver adequadamente e em pouco tempo uma trama intrincada, repleta de personagens e frentes narrativas, incomodou Hitchcock durante todo o processo. De tão angustiado, chegava a deixar o trabalho antes do previsto — para pensar em alternativas condizentes. Além do mais, em Paris, teve que deixar a direção com o produtor associado Herbert Coleman ao receber a notícia da internação hospitalar da esposa Alma Reville, em Los Angeles.


Os sobressaltos continuaram durante a montagem, principalmente com respeito ao epílogo. A opção por um duelo de honra entre Andre Devereaux (Stafford) e o traidor francês Jacques Granville (Picolli) — como solução às demandas do governo francês — foi recusada pela Universal depois de unanimente desaprovada nas sessões prévias. Apelou-se para saída pouco satisfatória e forçada, porém diplomaticamente conveniente e costurada com sobras de cenas não aproveitadas. Sabendo que tudo estava perdido, Granville entra em casa e deixa a impressão de ter optado pelo suicídio. A sensação é reforçada pela sequência seguinte: a relação dos personagens mortos acompanhada de manchete do Herald Tribune — significativamente abandonado num banco de praça — sobre o encerramento da crise dos mísseis. Atualmente, na versão estendida, Topázio termina na forma ironicamente bem humorada pretendida por Hitchcock após o fracasso das prévias. No Aeroporto de Orly, Devereaux e esposa Nicole (Robin), reconciliados, embarcam para os EUA pela Pan American World Airways. Ao lado, o desonrado e resignado Jacques Granville toma o voo da Aeroflot Soviet Airlines rumo a Moscou. Seguem-se a aludida matéria do Herald Tribune e os créditos de encerramento.


A estrutura de Topázio é moldada como concertação de vários eventos ordenados a partir de informações esparsas que se interligam uma após outra. O protagonista é o competente e frio agente da inteligência francesa Andre Devereaux, baseado em Washington. É reconhecido como o articulador da maior rede de informações do "mundo livre". Ainda assim, será lançado em missão que lhe trará incômodas surpresas. É amigo do agente da CIA Michael Nordstrom, facilitador da evasão para os Estados Unidos do funcionário da KGB Boris Kusenov, quando este gozava férias em Copenhague na companhia da esposa (Kolthoff) e filha (Hedströn). Graças a isso, a inteligência estadunidense é informada de uma possível colaboração de diplomatas e membros do serviço secreto francês — o círculo identificado pela palavra-chave "topázio" — com a KGB. Um dos objetivos da interação é facilitar atividades secretas de engenheiros e militares soviéticos em Cuba.


Tamara Kusenov (Tina Hedström), filha do desertor soviético Boris Kusenov (Per-Axel Arosenius)


Impossibilitado de levar adiante uma investigação imediata da CIA na ilha caribenha, Nordstrom solicita o auxílio do mais independente Devereaux. A missão é, de início, facilitada pela presença de uma representação do governo cubano em Nova York — para reunião com a Organização das Nações Unidas (ONU). Encontra-se hospedada no atualmente histórico Hotel Theresa[1], Harlem, inclusive os nomes fornecidos por Kusenov: o fiel castrista Rico Parra (Vernon) e o mais susceptível de ser subornado Luis Uribe (Randolph). Para contatá-los, Devereaux convoca Philippe Dubois (Lee Browne), agente secreto e florista. A incumbência, francamente arriscada, rende resultados positivos e levam Devereaux a Cuba.


Em Havana, o contato privilegiado do francês é um caso de amor ainda ativo: Juanita de Córdoba (Dor). É viúva de herói da revolução e goza da intimidade e confiança de Rico Parra. Secretamente é militante anticastrista. Disposta a auxiliar Devereaux, mobiliza pessoas de confiança que arriscam a vida para descobrir a verdade sobre as atividades soviéticas. Porém, a prisão seguida de tortura de Pablo Mendoza (Charles) e esposa Carlotta (Navarro) leva ao abrupto encerramento da operação. Andre foge apressadamente. Ainda assim, leva informações relevantes para Michael Nordstrom — inclusive sobre a colaboração de setores da inteligência francesa com os soviéticos.


O revolucionário cubano Rico Parra (John Vernon)

Juanita de Córdoba (Karin Dor), Rico Parra (John Vernon) e Andre Devereaux (Frederick Stafford)

  
Os próximos movimentos acontecem em Paris. Envolvem a exposição do círculo Topázio e trazem complicações de ordem afetiva. Insatisfeita com as atividades secretas do marido, Nicole o deixou para se relacionar com o mais influente membro do grupo: Jacques Granville, codinome Columbine. Durante a ocupação da França pelos alemães na Segunda Guerra Mundial, o trio consolidou sólida e duradoura amizade nos quadros da resistência partisan. Agora, o vínculo está comprometido por contradições profissionais, ideológicas e sentimentais. O tabuleiro está montado com as peças necessárias à elucidação do intrincado caso iniciado pela defecção de Boris Kusenov, turbinado pela crise dos mísseis e ampliado pela imperiosa necessidade de desbaratar a conspiração francesa.


Tomei conhecimento de Topázio pela primeira vez em 1978, ao ser relançado no circuito exibidor brasileiro. Continuava com a duração de 127 minutos e não convenceu. A narrativa, excessivamente fria e austera, não envolvia. Dava a impressão de ser realização com acentuada falta de inspiração. A pontuação musical de Maurice Jarre se esgotava em compassos corriqueiros e a brilhante direção de fotografia de Jack Hildyard sobrava como ornamento vazio. Havia ótimos momentos que pareciam perdidos ou deslocados, insuficientes para resgatar a aventura da banalidade: a abertura em Moscou, com o desfile militar na Praça Vermelha; a deserção dos Kusenov em Copenhague, sob as barbas da onipresente vigilância de agentes soviéticos; a participação de Roscoe Lee Brown; a encenação novaiorquina envolvendo os acontecimentos no Hotel Theresa e imediações; a descoberta da atividade secreta do casal Mendoza com a consequente exposição dos efeitos da tortura; e o almoço dos espiões em Paris, abrilhantado pela notável atuação de Philippe Noiret como Henri Jarre — indifente às conversas e com atenção voltada exclusivamente aos pratos servidos. Destacava-se, acima de tudo, a exemplar tomada do frio assassinato de Juanita de Córdoba por Rico Parra. Raras vezes um momento brutal foi tão belamente encenado. Em posição elevada, a câmera capta a personagem de pé, unida ao assassino. Soa o tiro. Ela desfalece sobre o longo vestido roxo, que se abre como macia mortalha para recebê-la. Juanita cai como uma flor recolhida em si mesma.


Andre Devereuax (Frederick Stafford) com a filha Michele (Claude Jade) e o genro François Picard (Michel Subor)


Revisto após 32 anos, na montagem pretendida pelo diretor, Topázio ressurgiu revigorado. Definitivamente, é uma produção subestimada, prejudicada pelas nocivas interferências da companhia produtora e exigências envergonhadas do governo francês. O acompanhamento musical permanece equivocado e a direção de fotografia é um dos maiores trunfos da realização. No entanto, com a inclusão de cenas e sequências expurgadas da edição de lançamento, os destaques — conforme o parágrafo anterior — ressurgem revigorados e com maior razão de ser. Não é filme merecedor de inclusão no rol das peças notáveis do Mestre do Suspense. Ainda assim, pode ser considerado como um dos seus mais esplêndidos e injustificados fracassos. A complexidade narrativa mereceu estruturação didática das mais planejadas. Apesar da lenta exposição dos eventos, há ritmo e tensão em níveis constantes. A credibilidade é outro elemento a considerar, apesar dos senões decorrentes do tratamento estereotipado de russos e cubanos. São apresentados segundo o figurino consentido pela Guerra Fria, como brutamontes dispostos a todas as ignomínias. Quanto a isso, Hitchcock se sentiu livre para cometer um sacrilégio: a explícita exposição gráfica dos violentos efeitos da tortura nos corpos do casal Mendoza. Atualmente, a imagem trucidada de Carlotta — com o corpo do marido morto no colo — pode ser vista como corriqueira. No entanto, foi considerada excessiva no começo dos anos 70, uma indevida licenciosidade carregada de mal estar — inclusive para brasileiros que começavam a tomar ciência do pavoroso tratamento dispensado pelo regime militar de exceção aos presos políticos.


Uma interrogação jamais respondida de forma plena: o que a chorosa Juanita tinha para revelar a Devereaux no instante da rápida despedida? Ficou apenas a insinuação. As tomadas, carregadas pela emoção da informante cubana, antecipavam a fatal impossibilidade de um reencontro? Ou algo de mais grave ficou parado no ar? Certamente, Hitchcock deixou a plateia com a pulga atrás da orelha.


O exemplar momento do assassinato de Juanita de Córdoba (Karin Dor) por Rico Parra (John Vernon)


O ator John Forsythe atuou para Hitchcock em O terceiro tiro (The trouble with Harry, 1955), no papel de Sam Marlowe. O limitado Frederick Stafford não foi a escolha imediata para representar Andre Devereaux. Sean Connery e Yves Montand tiveram a primazia. Recusaram por razões óbvias. O primeiro, cansado da máscara de agente secreto, pretendia se emancipar do estereótipo firmado em cinco aventuras de James Bond[2]. Montand, notório militante de esquerda e, na ocasião, membro do Partido Comunista Francês, não se associaria a uma produção que estigmatizava soviéticos e cubanos. A esposa de Montand, Simone Signoret, foi sondada para viver Nicole Devereaux.


Em Topázio, Hitchcock faz a costumeira aparição no aeroporto de Washington, em cadeira de rodas, por volta dos 33 minutos de exibição.


A aparição de Alfred Hitchcock em Topázio

  
Hitchcock tomou o cuidado de arquivar, em casa, o inédito final alternativo com o duelo entre Devereaux e Jacques Granville. Descoberto após a morte do diretor, está atualmente depositado no acervo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.




Roteiro: Samuel A. Taylor, com base em novela homônima de Leon Uris. Direção de fotografia (Technicolor, Panavision): Jack Hildyard. Música e direção musical: Maurice Jarre. Desenho de produção: Henry Bumstead. Figurinos: Edith Head, Pierre Balmain (Paris). Montagem: William H. Ziegler. Produção associada: Herbert Coleman. Decoração: John P. Austin. Som: Robert R. Bertrand, Waldon O. Watson. Penteados: Larry Germain, Nellie Manely. Assistentes de direção: Douglas Green, James A. Westman. Maquiagem: Bud Westmore, Leonard Engelman. Efeitos fotográficos especiais: Albert Whitlock. Gerente de produção: Wallace Worsley Jr., Fred Surin (Paris/não creditado). Supervisão de script: Trudy von Trotha. Assistente de montagem: Jeff Gourson (não creditado). Storyboard: Thomas J. Wright (não creditado). Operador de câmera: William Dodds, Bill Johnson (não creditado), Sherman Kunkel (não creditado). Técnicos de iluminação (não creditados): Doug Mathias, Ronald McLeish. Fotografia de cena: Pierre Zucca (não creditado). Supervisão de costumes masculinos: Peter V. Saldutti. Edição musical: Richard Luckey (não creditado). Músico: Ethmer Roten (flauta/não creditado). Consultoria técnica: Odette Ferry (sequências francesas), J. P. Mathieu (sequências cubanas). Consultoria de fotografia: Hal Mohr. Assistente para Alfred Hitchcock: Peggy Robertson. Publicidade: Orin Borsten (não creditado). Sistema de mixagem de som: Westrex Recording System. Tempo de exibição: 127 minutos (lançamento), 143 minutos na versão estendida.


(José Eugenio Guimarães, 1978; revisão e ampliação em 2010)



[1] Desde 1960, quando declarou que os Estados Unidos eram "inimigos do mundo" — um antes do rompimento das relações diplomáticas desse país com Cuba —, o Hotel Theresa é o único de Nova York que aceitou hospedar Fidel Castro — sempre que o líder revolucionário esteve na cidade para reuniões na ONU.
[2] Pela ordem de realização: O satânico Dr. No (Dr. No, 1962), de Terence Young; Moscou contra 007 (From Russia with love, 1963), de Terence Young; 007 contra Goldfinger (Goldfinger, 1964), de Guy Hamilton; 007 contra a chantagem atômica (Thunderball, 1965), de Terence Young; e Com 007 só se vive duas vezes (You only live twice, 1967), de Lewis Gilbert.